sábado, 28 de janeiro de 2017


‘DOCEPOEMA’:
UM TRIBUTO A CORA CORALINA


Eu sou o amor fiel das coisas simples
das conversas da brisa com a aurora.
Os realces dos brilhos sem requintes
que há nos rubis dos brincos 
das amoras...
E eu sou a flor servil daqueles pomos
que saciam os sonhos das quimeras,
os frutos de verão dos meus outonos
entre o último estio 
e as primaveras...
Guardo no corpo de jardins agrestes
as linhas de um poema à flor da pele 
escrito pelas mãos do amor silvestre
para que em mim o amor
mais se revele...
Fiz com saudade a ponte da subida
deixei rosas na encosta das colinas.
Com coisas simples confeitei a vida
na doce lida de ser 
Cora Coralina...

Afonso Estebanez
(Dedicado à comunidade *Poemas à Flor
da Pele* - Ger. Poetisa Soninha Porto/BR)

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