sexta-feira, 14 de novembro de 2008

SILÊNCIO INFINITO...


SILÊNCIO INFINITO...


Sons de humildade são ternos
(porque são rimas de eternos)
como a simplicidade sem grifo
(que tem tudo a ver com isso)
como um hímen complacente
(que é a rima rica do postiço)
como um crítico de carteirada
(que tendo a alma mal amada
desmente o amor por escrito)
como um louco não proscrito
que vai apagando a alvorada
com a borracha do confisco.

Sons de alvorada são ternos
eterno é o silêncio sem grito.
E aos instantes não eternos,
o meu silencio infinito...


Afonso Estebanez