domingo, 1 de dezembro de 2013

DELOS – COMO HOMERO VIA APOLO E ÁRTEMIS

DELOS – COMO HOMERO VIA APOLO E ÁRTEMIS SEGUNDO A LENDA Segundo a lenda, o nascimento de Apolo e Ártemis é uma das descrições mais comoventes da mitologia grega. Hera (do grego Ἥρα), Rainha do Olimpo e primeira esposa de Zeus (do grego antigo Ζεύς), jamais gostou muito de Leto (do grego clássico Λητώ). Vendo-a grávida, obteve da Titã Gaia ou ‘Mãe Terra’ (do grego Γαια Γαιη Γη) promessa de que esta a impediria de achar lugar na terra onde pudesse dar à luz. Então Posídon (do grego clássico Ποσειδῶν), vendo que a infeliz deusa não encontrava abrigo onde quer que fosse, comoveu-se e fez emergir do mar a ilha de Delos. Sendo essa ilha flutuante, não pertencia a Gaia, que assim não pôde nela exercer o seu poder supremo. Depois de Apolo e Ártemis, portanto, jamais um grego ou um romano poderia nascer ou morrer no solo sagrado da Ilha de Delos. POEMA HOMÉRICO E logo aos imortais disse Febo a Apolo: Seja-me dada minha cítara querida e meu arco recurvo; anunciarei por oráculo aos homens o desígnio infalível de Zeus.Assim tendo falado, andou pela terra de largos caminhos o arqueiro Febo de longos cabelos; então todas as imortais o admiravam, e Delos inteira de ouro se cobriu, contemplando o filho de Zeus e Leto, com alegria porque o deus escolheu tomá-la para morada e porque às ilhas e ao continente ele a preferiu de coração;ela floriu, como o cimo de uma montanha na floração de seu bosque. (Trecho do hino homérico a Apolo – fim do século VII a. C. por Afonso Estebanez)

‘Rosas de Delos’ por quê?

‘Rosas de Delos’ por quê? Relatam os historiadores, dicionaristas e estudiosos eruditos do mundo inteiro que a pequena ilha de Delos (do grego Δήλος, Dilos), situada aproximadamente no centro do grupo de ilhas do Mar Egeu conhecido como Arquipélago das Cíclades, era considerada berço de Apolo (do gredo Ἀπόλλων) e de Ártemis (do grego Άρτεμις), deuses da antiguidade clássica. Era o santuário mais importante do período Pan-Helênico – entre os anos 900 a. C. e 100 d. C. – registrado na memória dos povos como um centro jônico exuberante e florescente, chegando a ser destacado, inclusive nos dias de hoje, como um lugar sagrado, tratado pelos visitantes com as reverências próprias de um ambiente religioso, místico e misterioso, cuja história, descrita com tintas de amor e devoção, está intimamente ligada às relações de Apolo – o deus do sol – com Ártemis – entidade mitológica relaciona aos poderes influentes da luz da lua e responsável pela atividade da caça, representada por uma imagem lunar arisca e selvagem, constantemente seguida de perto por feras e animais indomados, especialmente por cães ou leões. Daí a ala dos leões postados na entrada da Ilha de Delos. A sagrada Ilha de Delos, que os milhares de curiosos do mundo inteiro procuram para conhecer – com os olhos superficiais da matéria – aquilo que só os olhos da alma atenta podem enxergar, é uma ilha surpreendentemente pequena, rochosa, granítica, desértica e banhada de luz do amanhecer ao anoitecer, pois ali nenhuma montanha ou vegetação produz sombras que possam abrigar qualquer desejo de permanência no local. Já em meados do século VI a. C., os atenienses tomaram posse de Delos e das ilhas vizinhas. Foram ordenados a remover todos os corpos enterrados na ilha e enterrá-los na ilha vizinha. Desde então não foi mais permitido morrer ou nascer na ilha, por considerarem isso uma profanação a um lugar sagrado. Sendo assim, as mulheres grávidas perto de dar à luz e os enfermos graves eram habitualmente levados para as ilhas próximas. Nos casos em que não era possível evitar esses acontecimentos, todos os habitantes eram obrigados a sair por vários anos, de modo que a ilha fosse purificada e possibilitasse o retorno dos exilados. Em 1873 arqueólogos franceses começaram as escavações que desenterraram um amplo setor onde um dia existiu uma cidade completa, elegante, rica e influente. As ruínas revelaram, esparramadas por toda a ilha, pequenos templos dóricos e jônicos, portos,mercados, ginásios, teatro, praças e imponentes residências edificadas pela cultura greco-romana, comprovando estar ali, em ruínas, uma civilização com um passado glorioso e florescente. E foram justamente a prosperidade da ilha e as relações comerciais com o Império Romano a causa principal de sua destruição. Delos foi atacada, saqueada e profanada duas vezes: em 88 a. C. pelos inimigos de Roma, e mais tarde, em 69 a. C., pelos piratas aliados aos inimigos da Grécia. A partir de então, a ilha foi sendo abandonada gradualmente, vendo seu declínio chegar melancolicamente antes do tempo. Hoje em dia, as ruínas de Delos, de Delfos e Olimpia são uma das mais importantes heranças arqueológicas do mundo grego. Delos é um verdadeiro museu arqueológico ao ar livre, com muito para ver, pensar, inspirar e comover. E desde o século XVII da nossa era um número cada vez mais crescente de pessoas visita a Ilha de Delos, atraídas pelo seu venturoso passado, agora convivendo com os fantasmas dos escombros. Com algumas construções antigas restauradas, Delos foi declarada Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco em 1990. A despeito de tudo, a Ilha de Delos – hoje completamente desabitada – é um santuário natural onde se respira historia, mitologia, ciência, arte e cultura por todos os cantos desse templo de meditação. Assim, por volta de 2008, comecei a meditar sobre a possibilidade de empreender uma viagem imaginária a ser feita de muito mais do que de simples cartões postais, imagens ou fotografias de Delos, antes feita de lembranças de jardins com rosas ressuscitadas dos escombros, de encontros repentinos de veredas florescentes, vielas iluminadas pela luz azul abundante do céu mediterrâneo, secretos recantos embriagados de aromas inalados por deuses transeuntes e canteiros suspensos povoados de sensações de um passado que jamais se esvai da alma de um poeta, uma viagem a ser feita com a intenção de transportar um pouquinho da Ilha de Delos para a minha realidade cotidiana – uma realidade feita de sonhos possíveis no sonho possível da realidade de cada um de nós. E foi pensando na ‘verdade’ das entidades mitológicas encarnadas pelas musas a quem atribuo, como na Grécia Antiga, a capacidade de inspirar a criação artística ou científica, que me desembaracei de todos os preconceitos criados pela timidez da mente e dei vazão à obra de construir as minhas ‘Rosas de Delos’, dispondo de meu coração como local de cultivo e preservação da arte e da ciência de promover o renascimento de rosas de entre as ruínas de jardins abandonados em algum lugar remoto da História... Afonso Estebanez Stael

ÚLTIMA ROSA DE DELOS

DÉCIMA ROSA DE DELOS

NONA ROSA DE DELOS

OITAVA ROSA DE DELOS

SÉTIMA ROSA DE DELOS

SEXTA ROSA DE DELOS

QUINTA ROSA DE DELOS

QUARTA ROSA DE DELOS

TERCEIRA ROSA DE DELOS

SEGUNDA ROSA DE DELOS

PRIMEIRA ROSA DE DELOS