quarta-feira, 17 de março de 2010

MEU REBANHO DE SAUDADE

Que saudade dos sonhos que perdi
do amanhecer do tempo de sonhar
ao termo da paixão que eu não vivi
por ter adiado o tempo para amar.

Que saudade de quando eu padeci
feliz de amargurar-me sem chorar
das feridas do amor que não senti
fingindo que paixão pode esperar.

Devo viver o lado bom do inferno,
talvez o amor não seja tão eterno
como a luz que seduz a claridade.

Eis ninguém pode separar de mim
as memórias que planto no jardim
solar de meu rebanho de saudade.

Afonso Estebanez
(Este poema é dedicado à Comunidade
“Poemas à Flor da Pele” – meu imortal
Planeta de Origem... 17/03/2010)