segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

SEGUNDA ROSA DE SAROM

SEGUNDA ROSA DE SAROM

SEGUNDA ROSA DE SAROM


Já contei muitas vidas de braços abertos
inaugurando na alma as tuas primaveras
revividas nas flores dos jardins desertos
onde te resto como lírios entre as heras.

Aqui estou apascentando os teus afetos
como pastor do sol no vale das esperas
onde conduzo rosas em jardins abertos
a claros vales verdejantes de quimeras.

Rosas são páginas escritas de carinhos
registradas nas pétalas pelos espinhos
do meu secreto descaminho da paixão.

E rosas vivem pelo dom da eternidade
das minhas rosas no finito da saudade
onde repousa a rosa do meu coração.


Afonso Estebanez

PRIMEIRA ROSA DE DELOS

PRIMEIRA ROSA DE SAROM

PRIMEIRA ROSA DE SAROM


Tão triste é tu encontrares um amor
tão triste que não pode te encontrar
tão vasto como o aroma de uma flor
dispersa na lembrança sem lembrar.

Oh, fonte de água viva! banha a dor
do tédio do deserto e a joga ao mar
onde o pranto supõe ser um louvor
ou o meu canto ao direito de chorar.

Chorar por toda rosa é uma canção
que dói, mas não magoa o coração,
se meu amar é vida e amor é dom.

Eu quero apenas encontrar a rosa:
entre muitas aquela mais formosa
reflorida entre as rosas de Sarom!


Afonso Estebanez