quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

SONHOS DE PRIMAVERA

SONHOS DE PRIMAVERA

SONHOS DE PRIMAVERA

É preciso romper o véu das mutações
e relembrar o número de quantas eras
levam os sonhos entre fios de ilusões
e desencantos numa teia de quimeras.

Necessário é tirar as meras intenções
de todo amor já saturado das esperas.
Amor é um plural de fases e estações
e nele não há singular de primaveras.

Amar é celebrar o instinto atemporal
como o vinho supera a taça de cristal
sob os sentidos infinitos dos amantes.

Se nada nesta vida dura para sempre,
melhor é repetir finita e eternamente
as utopias mais eternas dos instantes.

Afonso Estebanez

QUINTA ROSA DE SAROM

QUINTA ROSA DE SAROM

QUINTA ROSA DE SAROM

Não procurem a rosa pelo céu noturno
onde a luz das estrelas mais brilhantes
é mera imagem no horizonte taciturno
da miragem mais ilusória dos amantes.

As rosas são onipresentes no diuturno
exercício de amar no fio dos instantes.
As rosas nunca têm o espírito soturno
desses invernos já remotos e distantes.

No coração deserto as rosas não estão
e nem dos cânticos das filhas de Sião,
até o santuário edênico do Hermom...

E nem nas tendas amorosas da ilusão.
Mas é nas fendas do sagrado coração
que todo amor é uma Rosa de Sarom!

Afonso Estebanez