DA BOA NOVA DO AMOR
(V.1
Coríntios 13)
Fosse eu um gênio
entre o céu e a terra
que achou a fórmula
da paz no mundo,
nunca mais minha
espada iria à guerra
num tremedal de
sangue tão profundo.
Mas sem amor, a
morte é quem enterra
seus mortos na
mortalha do infecundo
vale de escombros
tristes onde encerra
todo o aval de um
caudilho moribundo.
Já o amor que mais
sofre e mais padece
não se enerva e
jamais se ensoberbece,
tudo suporta ou ama
ou sofre e espera.
O amor me orienta
ao superar outonos
ou suportar sem
mágoa os desenganos
que não me afligem
mais na primavera.
Afonso Estebanez
(Poema dedicado ao
habilidoso poeta
J. Udine
Vasconcelos
amigo em comunhão
com a arte poética
que
exaltamos com a fé e a fraternidade)