terça-feira, 4 de novembro de 2008

RUMOR DE BRISA


RUMOR DE BRISA

É o arrulho do riacho sonolento
são cantigas de flauta no capim
é o silêncio do cântico do vento
nos ouvidos secretos do jardim.

É o fruto intocável do teu beijo
o sorriso de estrelas de marfim
são os lábios cativos do desejo
sob a carne do cárcere de mim.

É o aroma silvestre da fruteira
é um cheiro celeste de alecrim
é teu corpo banhado na ribeira
da brisa perfumada de jasmim.

Uma rosa vermelha pertencida
é o canteiro vestido de carmim
e são pomos da árvore da vida
destes vales frutíferos de mim.

Afonso Estebanez