domingo, 20 de novembro de 2016

RAPSÓDIA DE AMOR CIGANO
(Quinto fragmento)



Ah, permita-me querida
viver sonhar se possível
enlouquecer e me viver
de alma nua consumida...

E que me é dado por lei 
morrer-me de desmorrer 
vivendo-me de desviver 
pelo fim sem despedida...

Ô, conceda-me querida 
morrer-me sem padecer
ou então me adormecer
docemente em tua vida...

Afonso Estebanez 

Nenhum comentário: