sábado, 29 de novembro de 2008

UM SONETO PARA AUGUSTO DOS ANJOS


UM SONETO
PARA AUGUSTO DOS ANJOS

Ser ou não ser é a questão da vida
que a espécie fratricida desvendou
gerando a flor do bem numa ferida
que a gênese do mal jamais curou.

Quanta pena de mim chora fingida
como se fosse pranto o que penou.
Mas é somente a dor compadecida
penando pela dor que não causou.

A luz que me acendia agora apaga
a mão que me feria inda me afaga
amor de bem-querer não é paixão.

Meu ser ainda é o lobo de meu ser
pela pátria não posso mais morrer
o amor, enterrem no meu coração.

A. Estebanez

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