segunda-feira, 24 de abril de 2017

NADA VAI ME SURPREENDER


Nada vai surpreender, chegando a hora
de morrer e esquecer a própria história
mesmo que haja estultícia de ir embora
portando algo em segredo na memória.

Quando morrer eu visto a luz da aurora
em corpo astral empreendo a trajetória
que me leve à morada como foi outrora
onde o amor se restaura sem vanglória.

Quero o meu “eu” me vendo face a face,
como paciente no espelho sem disfarce
sentindo o amor de alguma flor infinda.

Pois levarei meus poemas de aprendiz,
de seus dons de esperança, o mais feliz
se a rosa é surpreendentemente linda!

Afonso Estebanez
(Poema dedicado a minha sensível amiga poetisa
Fernanda Ponte Benevides
a quem retribuo pelo conhecimento da arte
Poética que divide comigo como expressão de
carinho e admiração

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