sábado, 8 de abril de 2017

“A MULHER DO CAIS”


Lembro-me dela de dançar sozinha
bailando o vento alguma valsa triste
e sempre que voeja uma andorinha
faz-me pensar que ela ainda existe.

Iam-se as velas e a bailar me vinha
aquela deusa de mulher que insiste
no leve amor de alma igual à minha
ainda agora quando o amor permite.

Como na vida, um cais vira a ribalta
daquele amor intenso que não volta
a ancorar-se em prazeres sazonais.

Quisera eu fosse aquele marinheiro
para falar de amor ao mundo inteiro
tal o do sonho que não sonha mais.

Afonso Estebanez
(Em 08.04.2017)

Nenhum comentário: