quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

CANÇÃO DE KÉDMA


A Kédma chegou-me aqui
do lado esquerdo do peito
e deixou-me uma canção.
Foi tão suave o que ouvi:
o canto do amor-perfeito
entre o peito e o coração.

Nem precisei entendê-la!
Era a voz do cancioneiro
que há nas harpas do luar.
Foi o dom de conhecê-la
e a canção do jardineiro
que escuta a rosa cantar.

E ela é tão doce e louçã
como a fada concebida
no perfume do jasmim.
Kédma acorda de manhã
como quem entra na vida 
pela porta de um jardim.

Docemente me convida
pra viver dentro de mim.

Afonso Estebanez

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