quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

BEM-AVENTURADO


Ah! bem-aventurado o amor mesmo finito. 
Ah! bem-aventurado esse infinito instante
da eternidade efêmera desse inconstante
amor eterno entre os instantes do infinito.

Ah! bem-aventurado o desditoso amante. 
Oh! bem-aventurado o coração proscrito
Ô! todo o amor cativo sem a paz do grito
que entoe no infinito seu amor constante.

Ah! bem-aventurado esse pastor de rios.
Ah! bem-aventurado o som dos calafrios
do amor baldio tantas noites indormidas.

Ah! bem-aventurado o pobre de ventura.
Porque ele alcançará no vale da ternura
o amor edênico das deusas pertencidas.

Afonso Estebanez

Nenhum comentário: