quarta-feira, 30 de novembro de 2016

SONHO COSTUMEIRO

Eu sonho-te nas ramas das videiras
como frutos dos vinhos de venturas
em rebentos de graças costumeiras
que me lavam de brisas e ternuras.

E vejo como em sonhos de pastora
tanges de mim sentidos já remidos
e me levas em sombras protetoras
à ravina de amor dos teus abrigos.

E tenho-te nas heras dos penedos
meu pássaro cantor que a ti visita
nos jardins de secretos arvoredos
onde teu sonho de mulher habita.

E fico em ti como o destino antigo
tocado para mais além da história 
onde soubeste que sonhar comigo
seria o amor deixado na memória.

Afonso Estebanez 
(Poema dedicado à doce amiga
Renata de Oliveira Marques)  

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