sábado, 8 de março de 2014

O JARDINEIRO E A ROSA

O JARDINEIRO E A ROSA

Amor, meu coração veio remir a culpa
do jardineiro que esqueceu da sua rosa
sob o cipreste mais sombrio do jardim
e de forma que só o teu amor desculpa
os malogros da vida outrora venturosa
para agora viver do teu amor em mim.

Naqueles dias nosso sonho era de paz
pelos sonhos dos operários desta vida
na guerra fria que o amor já esqueceu
feliz desse desfeito que hoje me refaz
para voltar ao cais daquela despedida
onde o pranto do adeus me comoveu.

Vamos revisitar o sonho que acordou
no roseiral em flor em que te conheci
e navegar na brisa como antigamente
jubilados das horas que o amor parou
até que me amenize a dor que padeci
e o meu jardim restaure novamente...

Afonso Estebanez

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