domingo, 2 de novembro de 2008

HAIKAIS


O menino morto.
A mulher tece o quimono
com fios de lágrimas...


Numa casa em Kioto.
A dor discreta... Na esteira,
o menino morto.


Sol nascente... As mãos
do dia vão desdobrando
a luz da alvorada...


Sol poente... As mãos
da noite vão redobrando
a luz do crepúsculo...


E a lua reflete
nas águas calmas do lago
um cisne de prata...


Afonso Estebanez

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