sexta-feira, 24 de outubro de 2008

NONA ROSA DE DELOS

NONA ROSA DE DELOS

O que se diz do adeus do pôr-do-sol
se amanhã de manhã ele é alvorada
transcendente das cinzas do arrebol
aos meus dias de aurora restaurada.

E não se fala em bruma sem o farol
de teus olhos de estrela despertada
entre as nuvens dobradas do lençol
de tua alma de aurora reencarnada.

Que me encante a ventura de viver
das venturas constantes de morrer
sem o tédio da espera em que vivi.

Agora estou aqui como uma quilha
de algum barco de brisa nesta ilha
entre a rosa e o jardim onde morri.


Afonso Estebanez
(Out.20.2008)

Nenhum comentário: