A manhã me deu em brisa
a brisa me deu em quanto
deu-me a tu’alma indecisa
os sonhos do teu encanto.
O dia deu-me em ventoso
e a tarde deu-me chuvosa
a noite nos deu num gozo
como o pólen deu na rosa.
E a vida me deu em parte
tudo o que em parte ficou
pelo amor que me reparte
entre as partes que levou.
Tudo aqui dá em saudade
como a saudade do vento
que me excita a liberdade
de viver em pensamento.
Afonso Estebanez
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
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