sábado, 17 de dezembro de 2016

SONETO PARA NAVEGAR

Há um tempo na vida que supomos
ter vencido sem trauma nem feridas
olvidando o sangrar das despedidas
sofridas nos poentes dos outonos...

E há um tempo de rosas renascidas
dos áridos desertos que nós somos
não obstante o estio vão os pomos
adoçando o penar de nossas vidas!

Ainda há um tempo que a saudade
como um rio que chora de piedade
nosso pranto carrega para o mar...

E vai além o nosso amor profundo
cantando no crepúsculo do mundo
a canção que a razão faz navegar!

Afonso Estebanez 
MEU HINO NACIONAL DE AMOR

Nas alvas pétalas de rosas que me envias
reescrevo os versos amorosos que te dei.
Teu coração relembra enquanto tu recrias
os afetos dos versos que ainda escreverei.

Apraz a alma que a alvorada de teus dias
renasça da esperança com que te sonhei:
com o encantar-te o coração das alegrias
de uma rainha que se encanta de seu rei.

Aprendi a escrever no topo da esperança
hasteando versos na colina da lembrança
do jardineiro que não sabe de outra flor...

E assim das pétalas da minha rosa única
os versos ao amor me servirão de túnica
e tu! Serás meu hino nacional de amor!...

Afonso Estebanez