terça-feira, 28 de abril de 2009

DE ALMA NO VENTO...

DE ALMA NO VENTO...

DE ALMA NO VENTO...

Ainda que seja só em pensamento
não me procurem onde não estou.
Eu não fiquei no cântico do vento,
pois a canção do tempo me levou.

Talvez meu coração tão desatento
não tenha percebido o que passou.
Ainda que seja só em pensamento
não me procurem onde não estou.

Eu não estou num doce desalento
por amor tão sonhado que passou.
E nem estou num agridoce alento
de sonhar o que o sonho recusou.

Não me procurem onde não estou
ainda que seja só em pensamento.
Morre o corpo num resto que ficou
de minha alma levada pelo vento.

Afonso Estebanez – 28.04.2009
(Dedicado a Maria Madalena Cigarán Schuck
– pelo seu aniversário – pleito de gratidão pela
divulgação de minha poesia no sul do país)