terça-feira, 5 de dezembro de 2017

DA BOA NOVA DO AMOR
(V. 1 Coríntios 13)

Fosse eu um gênio entre o céu e a terra
que achou a fórmula da paz no mundo,
nunca mais minha espada iria à guerra 
num tremedal de sangue tão profundo.

Mas sem amor, a morte é quem enterra
seus mortos na mortalha  do infecundo
vale de escombros tristes onde encerra
todo o aval de um caudilho moribundo.

Já o amor que mais sofre e mais padece
não se enerva e jamais se ensoberbece,
tudo suporta ou ama ou sofre e espera.

O amor me orienta ao superar outonos
ou suportar sem mágoa os desenganos
que não me afligem mais na primavera.

Afonso Estebanez
(Poema dedicado ao habilidoso poeta
J. Udine Vasconcelos
amigo em comunhão com a arte poética
que exaltamos com a fé e a fraternidade)