segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

CANÇÃO BALDIA

CANÇÃO BALDIA

CANÇÃO BALDIA

Às vezes tenho saudade
da saudade que não tive
de morar com liberdade
onde livre nunca estive.

Às vezes tanta saudade
não é tanta por um triz:
pois que a tal felicidade
só me quis quase feliz.

Fui quase feliz em tudo
fui e sou sem vanidade
do que serei sobretudo
a despeito da saudade.

Partir foi quase preciso
sumindo na eternidade
não me fora teu sorriso
enganar essa saudade...

Afonso Estebanez
(Poema dedicado à notável poetisa
carioca Soninha Porto – 08/02/09)