sábado, 26 de novembro de 2016

DÉCIMA ROSA DO ORIENTE


Não é destino que uma flor pereça
nos espinhos das urzes do deserto
nem é preciso que o amor esqueça
do perfume de rosas que desperto.

Jardineiro, me vejo andando perto
de um abismo de rosas que pareça
do sonho quando meu amor alerto
a que ame rosas e que não padeça.

Entre as rosas oriundas do oriente
a que apascenta as flores da ravina 
há seduzir o encanto que me resta.

Então eu louvo as aves da vertente
que lembram minha rosa matutina
cantando no meu coração em festa!

Afonso Estebanez