quinta-feira, 24 de agosto de 2017

ÁGUAS DO BABILÔNIA


Deus proveu-me chegar a estas águas
das quais todos os crentes vêm beber
lavando sobre as pedras suas mágoas
que as águas mais além vão remover.

Chegam aqui, morrendo sem morrer,
fantasmas de esperanças desaguadas
sobre as águas magoadas de escorrer
num remanso de mágoas represadas.

Todos chegam aqui de amor cansado
e se enxáguam à margem do passado
de águas turvas sem canto de louvor.

Deus proveu-me, porém, chegar aqui
louvando o encanto da mulher que vi
no espelho d’água refletindo o amor!

Afonso Estebanez
(Poema de louvor que dedico a amiga
Mary Salvaterra
gentil presença em minha trajetória)
- 23.08.2017 -