quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

NA BEIRADA DO JARDIM


NA BEIRADA DO JARDIM

O aroma á a parte da alma
da brisa que a chuva deixa
como lembranças da calma
da saudade que se queixa.

Saudades das flores findas
entre as pedras do jardim,
por causa das rosas lindas
que moram dentro de mim.

O orvalho em gotas de luz
é o vinho que excita a flor
como a paixão sem a cruz
em meu calvário sem dor.

Falo que rosas não falam,
mas as minhas falam sim:
o aroma que elas exalam
é o verbo dentro de mim.

Afonso Estebanez

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