quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

“DE PROFUNDIS”


“DE PROFUNDIS”

Dormia a noite mais cedo
que a manhã já era tarde
se os dias sentiam medo
de acordar em liberdade.

Acordar entre palmeiras
sem o canto dos sabiás!
Despertar horas inteiras
sem saber se havia paz.

Baionetas eram mudas
porém falavam caladas
e cegas ouviam surdas
os gritos das alvoradas.

De profundis a absolvo
a despeito da saudade
de recomeçar de novo
por falta de liberdade!

Afonso Estebanez

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