A DAMA DA ROSA
ESCARLATE
Ela me disse: “... eu trago a tua cura
para as chagas do mal inconsciente
que não julgas ser fel e nem doçura
seja refém de algum amor doente”.
Tão evidente me era em formosura
numa dança ritmada sensualmente
que a entidade a transmitir ternura
ensejou-me provar o amor ardente:
“Podes beijar-me!”- disse. “A cigana
é chama de paixão sem ser profana
como a alma embriagada de pudor.
Cunha a rosa escarlate num poema
que o perfume dissipa o teu dilema
se tua causa for um grande amor!”.
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