quarta-feira, 29 de março de 2017

A MAGIA DA EXPRESSÃO LITERÁRIA
OFICINA – MODULAÇÃO INTERATIVA - 14
*A POESIA NO SANGUE DO UNIVERSO* 


O texto que ora privilegio – “A POESIA NO SANGUE DO UNIVERSO” - é afirmação de uma percepção incomum da poesia nos tempos atuais, merecendo ser lido, refletido, compartilhado e divulgado no âmbito das iniciativas para credenciamento da arte da poesia. Aproveito para levar o belo e oportuno texto de Sheilla Corrêa, por manifestação do grupo “Sulla Fernandes Poesia” para o blogger da Magia da Expressão Literária - oficina - ao qual espero se incorpore, bem como se integre à nossa página de natureza cultural. Fico agradecido ao grupo “Sulla Fernandes Poesia” pelo envio desta pérola!

 “A POESIA NO SANGUE DO UNIVERSO” POR SHEILA CORRÊA - “A Poesia é um vírus de sentimento, de percepção aguda, de energia premonitiva, que circula na veia do universo. E se infiltra às vezes como soda cáustica, carcomendo as hemáceas das certezas ideológicas, explodindo as plaquetas da manipulação dos espíritos, das vontades e das consciências. Ao Poeta, com a seringa na mão, não cabe controle, não cabem indicativos de comportamento; não adiantam sangrias para livrarem-se de sua contaminação. Poeta perturba a ordem no rebanho, simplesmente por não entender a linguagem do berrante. Ele brinca com o berrante. Usa-o como caneta para escrever poesia no capim. Espia curioso na boca do berrante, quebra-o em pedacinhos só para ver o que tem dentro. Poeta fica louco, como Holderline; se mata, como Mishima; xinga heróis da Pátria, como Benigna; expõe-se à violência e ao exílio, como os poetas palestinos. Sem nem saber por que razão faz isso. Faz porque faz. A minha grande pergunta para a sociedade é esta: E agora? A Modernidade Eletrônica chegou e ainda estamos aqui, riscando na pedra da alma. O que é que vocês vão fazer com a gente? Vão nos usar como brinquedinhos de controle remoto? Vão nos paralisar à guisa de símbolos midiáticos? Vão nos fragmentar para cabermos no site? Bom! Se vão fazer isso tudo, façam com cuidado, porque a gente tem vírus”.

Sheilla Corrêa
(Colaboração Interativa de “Sulla Fagundes Poesia”).

Afonso Estebanez

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