sábado, 25 de fevereiro de 2017

VOLÚPIA
Minha volúpia é pelo amor que desconheço
como o amor que perdi no cais do coração.
Aquele amor do qual eu hoje ainda padeço
de forma que a volúpia agora é compulsão.

De sempre procurar o amor sem endereço
eu me embrenhei numa torrente de ilusão,
do amor já não entendo nada se esclareço
que a volúpia inconfessa é caso de paixão.

Fico eu pensando agora como antigamente
passava acumulando amor no inconsciente
encostado no último esplendor da aurora...

Então agora eu reconheço que a demência
é uma forma de esconder na inconsciência
que o amor acabou mas nunca foi embora!

Afonso Estebanez

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