domingo, 19 de fevereiro de 2017

CHUVA DE ROSAS


A abóboda do templo era pintada
de céu azul com anjos bizantinos.
Da marcha nupcial já consumada
ouvia-se o tom triste dos violinos.

Mas um dilema trai a diva amada
no ato da união de seus destinos,
e o coração confesso em abalada
sorte, rompe os enigmas sibilinos.

Eis a outrem amava além da vida
e não ousava mais ser pertencida
a amor a quem devia dizer ‘não’.

De repente seus lábios cor de mel
sorriram para o que vinha do céu:
uma chuva de rosas vem ao chão!

Afonso Estebanez

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