PASTOREIO III
Não é apenas sua voz que apascenta
meus dispersos rebanhos de sentidos
e faz correr dentro de mim as águas
das ribeiras com sorrisos flutuantes
de um concerto de flautas e flautins...
meus dispersos rebanhos de sentidos
e faz correr dentro de mim as águas
das ribeiras com sorrisos flutuantes
de um concerto de flautas e flautins...
É também sua face voltada para onde
e como a flor se inclina ao ser tocada
pelas mãos da manhã em seu jardim...
e como a flor se inclina ao ser tocada
pelas mãos da manhã em seu jardim...
Nem são apenas as veredas alunadas
por seu destino de amada passageira
que fazem de mim pastor de sonhos...
por seu destino de amada passageira
que fazem de mim pastor de sonhos...
São todos os caminhos contornados
pelos rebanhos de suas esperanças
reencontradas entre vales e colinas
e nos bosques tingidos de alfazema
para repousar a lembrança da volta...
pelos rebanhos de suas esperanças
reencontradas entre vales e colinas
e nos bosques tingidos de alfazema
para repousar a lembrança da volta...
Ah, os anjos desenhados no espaço
de seu corpo e os risos precursores
das palavras que nunca foram ditas...
de seu corpo e os risos precursores
das palavras que nunca foram ditas...
É esperança que só o adeus revela
quando o seu coração agita a alma
para alcançar os sonhos fugidios...
quando o seu coração agita a alma
para alcançar os sonhos fugidios...
Pássaro liberto pelas mãos da vida
borboleta com sua dimensão exata
desse perder-se sem ficar perdida...
borboleta com sua dimensão exata
desse perder-se sem ficar perdida...
Afonso Estebanez Stael
Nenhum comentário:
Postar um comentário