segunda-feira, 14 de novembro de 2016

SONETO DA PROMESSA


Eu te prometo consagrar a vida
nos rituais profanos da paixão
deixando minha parte proibida
ao jugo dos amores sem razão...

Tu me juras a devoção rendida
aos caprichos pueris do coração
cuja senha secreta está perdida
nos êxtases obscuros da ilusão.

Eu juro exorcizar-me do absurdo
e dessa insensatez do sobretudo
amor demais e só na alma vasta.

Meu tributo é a alma aqui jurada
e não precisas prometer-me nada
se teu amor é tudo que me basta...

Afonso Estebanez 

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