terça-feira, 15 de novembro de 2016

NÃO ACORDEM MINHA MORTE
Não acordem minha morte
que descansa adormecida...
E que à alma não importe
se a morte é sono da vida.

Minha carne não acordem
e nem do sangue exaurido
o fluído que em desordem
deixa-me o corpo esvaído.

Dêem pó para minh’alma
que de mais nada precisa
senão do canto da calma
que de amor não agoniza.

Não acordem minha vida
que está só desacordada 
e que a alma amortecida 
só me acorde despertada.

E da morte não desperte
a minh’alma adormecida
e da vida ainda me reste
o outro lado desta vida...

Afonso Estebanez 

Nenhum comentário: