sábado, 12 de novembro de 2016

DE ALMA NO VENTO...

Ainda que seja só em pensamento
não me procurem onde não estou.
Eu não fiquei no cântico do vento,
pois a canção do tempo me levou. 

Talvez meu coração tão desatento
não tenha percebido o que passou.
Ainda que seja só em pensamento
não me procurem onde não estou.

Eu não estou num doce desalento
por amor tão sonhado que passou.
E nem estou num agridoce alento 
de sonhar o que o sonho recusou.

Não me procurem onde não estou
ainda que seja só em pensamento.
Morre o corpo num resto que ficou
de minha alma levada pelo vento.

Afonso Estebanez – 28.04.2009
(Dedicado a Maria Madalena Cigarán Schuck 
– pelo seu aniversário – pleito de gratidão pela 
divulgação de minha poesia no sul do país) 

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