Ô, insensatez humana convencer as rosas
de que das rosas todo o tema se esgotou!
Quantos mistérios há nas faces luminosas
das rosas da manhã que ainda não raiou...
As rosas são dotadas de almas poderosas
que o escultor das primaveras reinventou
num paradoxo de impressões prodigiosas
tal retocar a flor que Deus não terminou.
Eu canto as rosas que replanto no jardim
as desfolhadas pelas frias mãos do vento
que feneceram de ser uma flor qualquer.
Eu canto a rosa do último poeta em mim
a que folheia o livro do meu pensamento
e sangra por amor no ventre da mulher!
Afonso Estebanez
domingo, 22 de novembro de 2009
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