sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
ROSA DA MANHÃ
ROSA DA MANHÃ
Assim que pressenti que tua face
era a mesma que eu via refletida
na água pura da fonte do jardim,
eu pude perceber que nesta vida
a despeito de a fé ser presumida
não me haveria tanta paz assim:
como o infinito amor da tua face
refletida na paz dentro de mim...
Teus olhos pareciam esmeraldas
refletidas no fundo transparente
das águas límpidas do teu olhar.
Era a luz de tua face de repente
assim como alvorada no poente
anoitecendo meu amor no mar:
como anoitece a rosa da manhã
na aurora certa para me sonhar.
Afonso Estebanez
Assim que pressenti que tua face
era a mesma que eu via refletida
na água pura da fonte do jardim,
eu pude perceber que nesta vida
a despeito de a fé ser presumida
não me haveria tanta paz assim:
como o infinito amor da tua face
refletida na paz dentro de mim...
Teus olhos pareciam esmeraldas
refletidas no fundo transparente
das águas límpidas do teu olhar.
Era a luz de tua face de repente
assim como alvorada no poente
anoitecendo meu amor no mar:
como anoitece a rosa da manhã
na aurora certa para me sonhar.
Afonso Estebanez
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
DE ALMA PARA ALMA
DE ALMA PARA ALMA
Deixa a alma debruçada na janela
quando tiveres que sair sem mim,
que é da alma colher a primavera
das janelas que dão para o jardim.
Tolera esse desígnio que carrego
de me esquecer da alma na saída
eis que a alma não é sapato cego
nas pedras de tropeço desta vida.
Se tiveres que te perder de amor
a alma certamente o há de saber
como sente o perfume a sua flor
que por isso não pode se perder.
Se tu voltares lívida de mágoas,
nossas almas encontrarás assim:
imagens refletidas sob as águas
do lago mais sereno do jardim...
Afonso Estebanez
Deixa a alma debruçada na janela
quando tiveres que sair sem mim,
que é da alma colher a primavera
das janelas que dão para o jardim.
Tolera esse desígnio que carrego
de me esquecer da alma na saída
eis que a alma não é sapato cego
nas pedras de tropeço desta vida.
Se tiveres que te perder de amor
a alma certamente o há de saber
como sente o perfume a sua flor
que por isso não pode se perder.
Se tu voltares lívida de mágoas,
nossas almas encontrarás assim:
imagens refletidas sob as águas
do lago mais sereno do jardim...
Afonso Estebanez
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
ROMARIA DE ESPERANÇA
ROMARIA DE ESPERANÇA
Sonhos são pássaros que emigram
entre mitos de esperas e liberdade
numa romaria infinita ao encontro
marcado da memória despertada...
... para o cumprimento do instinto
de não necessitar nunca de nada...
Eles dormem acordados como faroleiros
que sabem pela velha cartilha das estrelas
a hora de desancorar do céu seu novo dia
já despertado na restinga da alvorada.
Sonhos às vezes são notícias postadas pela brisa
que desperta com as mãos aquecidas de ternura.
Às vezes são regatos chorando sem sofrimento,
pois não há dor quando a espera sempre alcança.
Mas há sensações de eternidade onde nenhuma
pétala desfolha de sua flor sem que o consinta
o vento passageiro dos arrulhos da esperança.
Não há presságios nem maus pressentimentos
onde os sonhos são pássaros
que emigram na lembrança...
Afonso Estebanez
Sonhos são pássaros que emigram
entre mitos de esperas e liberdade
numa romaria infinita ao encontro
marcado da memória despertada...
... para o cumprimento do instinto
de não necessitar nunca de nada...
Eles dormem acordados como faroleiros
que sabem pela velha cartilha das estrelas
a hora de desancorar do céu seu novo dia
já despertado na restinga da alvorada.
Sonhos às vezes são notícias postadas pela brisa
que desperta com as mãos aquecidas de ternura.
Às vezes são regatos chorando sem sofrimento,
pois não há dor quando a espera sempre alcança.
Mas há sensações de eternidade onde nenhuma
pétala desfolha de sua flor sem que o consinta
o vento passageiro dos arrulhos da esperança.
Não há presságios nem maus pressentimentos
onde os sonhos são pássaros
que emigram na lembrança...
Afonso Estebanez
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
GRAÇA DESMEDIDA
GRAÇA DESMEDIDA
Contemplo o meu jardim
como se fosse pela última vez...
E me comove o instinto daquela
pequenina flor se abrindo para o céu
como um pedacinho de arco-íris
bebendo no ribeiro da alvorada
a primeira gota de orvalho
da manhã sobre a ravina
derramada.
Procuro entender a minha vida
segundo aquela demonstração
de milagre pelo poder da graça
sobre a simplicidade às vezes
não percebida.
O relógio não faz tempo
mas o tempo se eterniza
nesse milagre de amor:
pode a flor passar no vento
mas fica o aroma da brisa
e o encanto de uma flor.
Desistir de mim – repenso –
por causa de um desamor,
se a pequena flor do campo
Deus jamais abandonou?
Então me visto de encanto
com o manto daquela flor...
Dueto de Sueli Amália (Poetisa das Marés)
& Afonso Estebanez.
Contemplo o meu jardim
como se fosse pela última vez...
E me comove o instinto daquela
pequenina flor se abrindo para o céu
como um pedacinho de arco-íris
bebendo no ribeiro da alvorada
a primeira gota de orvalho
da manhã sobre a ravina
derramada.
Procuro entender a minha vida
segundo aquela demonstração
de milagre pelo poder da graça
sobre a simplicidade às vezes
não percebida.
O relógio não faz tempo
mas o tempo se eterniza
nesse milagre de amor:
pode a flor passar no vento
mas fica o aroma da brisa
e o encanto de uma flor.
Desistir de mim – repenso –
por causa de um desamor,
se a pequena flor do campo
Deus jamais abandonou?
Então me visto de encanto
com o manto daquela flor...
Dueto de Sueli Amália (Poetisa das Marés)
& Afonso Estebanez.
domingo, 15 de fevereiro de 2009
SUMIDOURO DE LEMBRANÇAS
SUMIDOURO DE LEMBRANÇAS
Eu sempre quis deixar-te uma mensagem
como a da brisa enquanto abraça o vento
ou como uma canção que vem da aragem
de tanto amor que envio em pensamento.
Eis que a vida nem sempre é uma viagem
por onde em tudo há mais contentamento
do que em viver lembranças da passagem
de um breve amor vivido além do tempo.
E eu sempre quis dizer-te que de alianças
o amor é o fruto além de algum momento
que se exauriu em mim como esperanças
exaustas de um silêncio em que lamento:
– Ai, de meus sumidouros de lembranças
onde lembrar é pior que o esquecimento!
Afonso Estebanez
Eu sempre quis deixar-te uma mensagem
como a da brisa enquanto abraça o vento
ou como uma canção que vem da aragem
de tanto amor que envio em pensamento.
Eis que a vida nem sempre é uma viagem
por onde em tudo há mais contentamento
do que em viver lembranças da passagem
de um breve amor vivido além do tempo.
E eu sempre quis dizer-te que de alianças
o amor é o fruto além de algum momento
que se exauriu em mim como esperanças
exaustas de um silêncio em que lamento:
– Ai, de meus sumidouros de lembranças
onde lembrar é pior que o esquecimento!
Afonso Estebanez
sábado, 14 de fevereiro de 2009
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