O POEMA PERDIDO
Eu fiz um poema e o
lancei no oceano
de mágoas retidas no abismo de mim
e o estro que fiz num retalho de pano
virou barco à vela dos mares sem fim.
de mágoas retidas no abismo de mim
e o estro que fiz num retalho de pano
virou barco à vela dos mares sem fim.
E penso ancorado no
meu desengano
do lago sem água de um velho jardim
sugando do olhar em cruel abandono
as fontes de fel de uma herança ruim.
do lago sem água de um velho jardim
sugando do olhar em cruel abandono
as fontes de fel de uma herança ruim.
Talvez meu poema
infiltrou-se na lua
que algum seresteiro demente na rua
perdeu com os versos o tino do tema.
que algum seresteiro demente na rua
perdeu com os versos o tino do tema.
Nem devo nem lembro
do inteiro teor
não sei se escrevi sobre ódio ou amor,
não sei se sonhei ou compus o poema.
não sei se escrevi sobre ódio ou amor,
não sei se sonhei ou compus o poema.
(Soneto que ofereço ao insigne poeta
Luiz Antonio Bonini
com meus aplausos de amizade,
admiração e fraternidade)
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