sexta-feira, 10 de março de 2017

ALMA EXTINTA
A extinção é quando a alma perdida
nunca mais vai sentir que se perdeu
na perdição da ausência consentida
como flor sem perfume que nasceu.

Perdeu o ‘affair’ da solidão bandida,
a referência que em sonhar lhe deu
a consciência de reencontrar a vida
no resultado infausto que escolheu.

A alma extinta é ave que não canta
e é a sombra que nunca se levanta
do chão onde se banha a claridade.

Não sabe nada do que menos sabe
só pelo amor que ainda se lhe cabe
qual a fé a esperança e a caridade!

Afonso Estebanez

Um comentário:

Luís Carlos de Paula disse...

Almas afins, almas eternas o Amor celebram e sempre hão de celebrar passe o Tempo que passar na Eternidade continuarão a Amar. Lindo poema que minha alma emociona. Grata, amado Amigo!