DESCARNAVALIZAÇÃO
Quarta-feira de
cinzas a euforia
deve sair de luto e pés no chão,
despojada do enredo à fantasia
que insiste na magia do refrão.
Há que de ofício
efêmera a folia
se extasia no escárnio da ilusão
de cáustico sarcasmo se inebria
e protesta de tanta indignação.
É hora de atirar
cinzas ao vento
poupar o carnaval do desalento,
qual último clamor da multidão.
A mim, vou-me
descarnavalizar
e me encantar feliz de repousar
naquela rosa que caiu da mão!
Afonso
Estebanez
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