sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

CRÔNICA POÉTICA
DOS HERDEIROS DE GARVAIA
(Modo 6)



Cegado, “peregrino vago errante
vendo nações linguagens e costumes
céus vários qualidades diferentes”...

Arma virunque cano Troiae... pá!
Não que virasse o cano da arma... pá!
E virou a História como queria ao viraire o vira-vira
das páginas da Odisséia
e dividiu a crônica de El-Rei em aC. e dC.
Pelo Mártir do Góçgota... pá!

Viu o auto da barca do inferno do alto da barca.
Navegou do alto ao baixo Nilo sem o selo ou a alforria.
Perdeu-se no alto e no baixo meretrício do Bairro Alto.
Embebedou-se no Alto e Baixo Leblon dos goliardos turistóides.
Foi tentado 40 dias no Alto Pavão e 40 noites no Baixo Pavãozinho.
Conheceu a Cidade Alta e a Baixa do Sapateiro
E naufragou no extremo oriente da vida como quem recebe
a extrema unção,
porque era chegada a hora de pagar pedágio a São Tanáz
para escapar do barco que levava ao alto da boceta de Pandora.
Êta hora! Êta hora...

Afonso Estebanez 

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