BEM-AVENTURADO
Ah! bem-aventurado o amor mesmo finito.
Ah! bem-aventurado esse infinito instante
da eternidade efêmera desse inconstante
amor eterno entre os instantes do infinito.
Ah! bem-aventurado o desditoso amante.
Oh! bem-aventurado o coração proscrito
Ô! todo o amor cativo sem a paz do grito
que entoe no infinito seu amor constante.
Ah! bem-aventurado esse pastor de rios.
Ah! bem-aventurado o som dos calafrios
do amor baldio tantas noites indormidas.
Ah! bem-aventurado o pobre de ventura.
Porque ele alcançará no vale da ternura
o amor edênico das deusas pertencidas.
Afonso Estebanez
Nenhum comentário:
Postar um comentário