OFERENDA
Amor! eu te ofereço
os meus pomares
e os cantares das
aves que os habitam.
Eu fico com o inverno e esses lugares
com os cantares tristes dos que ficam.
Porque o mar e minh’alma coabitam
plantei romãs na orla de meus mares
e maçãs nos lugares que me excitam
na manhã da esperança de chegares.
Amor! eu te ofereço o velho outono
onde me tinhas descansando o sono
de nós dois ancorados na alvorada.
Onde a brisa fecunde o nosso amor
com a ternura em fúria de uma flor
que já não necessite de mais nada!
Afonso Estebanez
Nenhum comentário:
Postar um comentário