Às vezes penso em atear fogo
nas urtigas para que não brotem mais
entre as indefesas anêmonas da vida...
Mas quantas sementes não queimariam
na relva da esperança?... Quantas
à minha imagem e semelhança...
Já tive a infeliz oportunidade
de sepultar muitos amores...
Mas o amor não é instinto que se mate!
Então eu sepulto o meu próprio amor
num canteiro de ervas secas e baldias
das que morrem para sempre
e renascem todos os dias...
Como vivem as heras frágeis
entre as pedras que há em mim...
Pelo menos elas têm o sol da manhã
com o qual confortam suas vidas
sem jardim...
Afonso Estebanez
sábado, 28 de agosto de 2010
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