SONETO DO AMOR CATIVO
Quantas vezes, querida, apenas desejei
sonhar para viver do sonho que não tive
por falta de razão em tudo o que sonhei
vivendo por capricho onde jamais estive.
Querida! Quantas vezes eu então tentei,
mas nunca consegui viver como se vive
despertado do sonho que não despertei
como o teu pássaro cativo, mesmo livre.
E vão entardecendo nossas esperanças
num funeral tardio de letais lembranças,
a despeito da vida que ainda pulsa nele.
E não me doa mais o amor de cativeiro:
se este sonho ficar, seja ele derradeiro.
E se ficar o amor, eu vou ficar com ele!
Afonso Estebanez
(Dedicado à notável poetisa
Marisa Pasternak “Anjopoesia”)
domingo, 12 de abril de 2009
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