EU SEI QUANDO TU VENS
quinta-feira, 12 de julho de 2018
domingo, 29 de abril de 2018
CONVITE
Convido os amigos do poeta Afonso Estebanez Stael para um sarau em sua homenagem no dia 06 de maio de 2018 na Rua Adauto Dantas número 14, em frente o cemitério Parque da Colina. Ônibus saindo do terminal de Niterói 38,38A, 39 ou 46. Pedir para descer em frente o cemitério parque da colina. Ônibus saindo do Rio (candelária) 770 Pedir para descer em frente o cemitério Parque da Colina. Aguardo todos de coração aberto.
terça-feira, 12 de dezembro de 2017
“COMBATEU O BOM COMBATE,
ACABOU A CARREIRA,
GUARDOU A FÉ”.
Consternada de dor comunico aos familiares, amigos e admiradores
que o Poeta das Rosas, Afonso Estebanez Stael, acabou o bom combate em
12/12/2017 no Hospital Icaraí.
Por decisão do filho o sepultamento será realizado
na cidade de Cordeiro.
Assim, encerrada a minha missão, neste plano e que
o poeta da Rosas siga em paz para o mundo espiritual.
Maria da Guia Correia.
Maria da Guia Correia.
terça-feira, 5 de dezembro de 2017
DA BOA NOVA DO AMOR
(V.
1 Coríntios 13)
Fosse
eu um gênio entre o céu e a terra
que
achou a fórmula da paz no mundo,
nunca
mais minha espada iria à guerra
num
tremedal de sangue tão profundo.
Mas
sem amor, a morte é quem enterra
seus
mortos na mortalha do infecundo
vale
de escombros tristes onde encerra
todo
o aval de um caudilho moribundo.
Já
o amor que mais sofre e mais padece
não
se enerva e jamais se ensoberbece,
tudo
suporta ou ama ou sofre e espera.
O
amor me orienta ao superar outonos
ou
suportar sem mágoa os desenganos
que
não me afligem mais na primavera.
Afonso
Estebanez
(Poema
dedicado ao habilidoso poeta
J.
Udine Vasconcelos
amigo
em comunhão com a arte poética
que exaltamos com a fé e a fraternidade)
sexta-feira, 8 de setembro de 2017
SONETO DA GRATIDÃO
Apesar
de minh’alma naufragada
nesse cálice amargo de orfandade
compraza a Deus a via iluminada
que te guia da sombra à claridade...
Malgrado a desventura consolada
por velados suspiros de saudade,
apraz aos céus saber-te retornada
para ensinar o amor na eternidade...
E entre flores e lágrimas e afetos
está o adeus dos filhos prediletos
que o acaso da vida pôs dispersos...
E me coube, a despeito desse pranto,
a glória de render-te com meu canto
a gratidão que trago nestes versos...
Afonso Estebanez
quinta-feira, 31 de agosto de 2017
A MAGIA DA EXPRESSÃO LITERÁRIA
OFICINA LITERÁRIA - MÓDULO 10
“O UNIVERSO DA LINGUAGEM”
(Metáforas)
O UNIVERSO DA LINGUAGEM
*Joaquim Moncks
“Amigo e Mestre: tenho acompanhado, com encantamento, as
tuas postagens. Questiono qual o papel do poeta na atualidade? E se nós estamos
conseguindo ser lidos, interpretados e mais do que isso, se a nossa mensagem
central e, portanto, existencial, tem sido minimamente absorvida? Mudar a
direção? Parece paradoxal... Deveríamos ser poetas de uma simplicidade
franciscana abolindo o uso de metáforas, a exemplo do nosso Mário? Não sei.
Dúvidas persistem. Talvez muitos leitores não estejam dispostos a um exercício
de reflexão a um nível tão profundamente abstrato. O problema situa-se na
decodificação. Um saudoso abraço”
(Cassiano Gilberto Santos Cabral, poeta, via Facebook, em 30Ago2017).
Salve poetamigo Cassiano! Todas as tuas perguntas são de
difícil resposta, porque para chegar a uma boa conclusão pessoal para cada uma
delas, em regra teríamos, no mínimo, que contar com pesquisas de opinião, de
modo a que se pudesse adentrar a uma veracidade responsável, possivelmente
utilizando dados reais com tabulações estatísticas. Este seria um caminho,
apenas. Por certo haverá outros.
Quanto ao problema da "decodificação" que o
poeta-leitor terá de fazer, também é um fato veraz e o teu questionamento geral
contém o exercício da sabedoria. Abolir o uso das figuras de linguagem, em
especial a utilização da metaforização, chega-me como impossível, porque tenho
que sem a metáfora profunda (porque existe a rasa ou superficial) não se
consegue chegar à poesia, no máximo à prosa poética. Ter-se-á, portanto, sem a
metáfora, uma composição poética sem o comparecimento da Poesia como gênero
literário. Vale dizer: apenas um derramamento verbal provindo da intuição e do
sentir, assentado no intimismo lírico, o qual, por ser a consolidação verbal
momentânea do que o autor deixa fluir sobre tal ou qual assunto, não chega à
utilização da palavra no sentido CONOTATIVO e, sim, enclausura-se e se basta
com a utilização do sentido DENOTATIVO. (São versos, somente versos, sem que a
Poesia compareça esteticamente, e isso é muito comum de ocorrer em nosso meio,
porque o ingênuo autor não sabe, tecnicamente, em que gênero ou espécie
literária está a se comunicar).
Os dois tipos de metáforas, a de palavra e a de imagem têm
este condão: dar ao conjunto de palavras do poema, através da subversão do
sentido original dos vocábulos utilizados, criando conotações que levam ao
patamar estético do Novo (daí o estranhamento) em ideias e em linguagem. Quanto
ao Mário Quintana, muito cuidado, não há nenhuma "simplicidade
franciscana" em sua poética. As peças poéticas referentes à sua maturidade
em Poesia (a partir dos seus 70 anos, em 1976) não são, a meu ver, assim tão
simples, e comparecem em seu espírito como resultado da utilização da ironia
como pedra-de-toque utilizando certa singeleza verbal que constrói,
repentinamente, uma metáfora de imagem utilizando vocábulos sem a pretensão de
complicar a cuca do poeta-leitor. no entanto, concordo que tanto Manuel
Bandeira quanto Quintana não foram ‘rebuscados’ (quanto à utilização de
vocábulos de difícil entendimento) como parece ser o caso de João Cabral,
Drummond ou Murilo Mendes; de Fernando Pessoa (que cria o poema pensando a
partir dos conceituais léxico-morfológicos do idioma de Shakespeare, mesmo quando
transpõe essas ideias e temáticas para o idioma português) ou Ezra Pound,
Elliot e Blake, na poesia de língua inglesa.
Por último: cada autor escolhe o perfil de seu leitor, se
culto, mediano ou primário. Há público para cada composição poética. A Poesia
nasce em decorrência de como o autor do poema observa os fatos da realidade e o
traveste como proposta verbal, porque cada qual vê o mundo segundo o vê ou o
concebe individualmente. Ao demais, não é o autor quem dá vida ao poema, e sim
o poeta-leitor, quando se apossa do poema e o traz ao mundo dos fatos como se
fora verdade plena. E todos nós sabemos que o "poeta é um fingidor"
que se locupleta do inconsciente coletivo e trabalha – para forjar o poema –
utilizando-se da farsa, da fantasia e do sonho presentes no seu estro criador.
Tudo depende de sua capacidade inventiva. Enfim, todo poema é abstração pejada
de inverdades, pois não pertence aos territórios do mundo real, mas o leitor
dará a este o sentido que a ele aprouver, segundo o seu patamar de conhecimentos
e de leitura do mundo, fazendo dele a sua verdade salvadora. Se bem que não é o
autor que escolhe o seu público, e sim o leitor quem escolhe o seu poeta, por
entender que ele fala a sua linguagem.
Portanto, o importante mesmo é escrever e publicar. O porvir
dirá quem agradou a quem e o que por eles foi absorvido para possíveis
aplicações no universo individual da sensibilidade e da consciência. Escreve
sem medo. Parece-me ser esta a única escolha consciente que pertine ao escriba.
Quem sabe fosse útil trazer ao plano da realidade pensamental o aforismo de
William Blake: “Quem nunca altera a sua opinião é como a água parada e começa a
criar répteis no espírito.”.
– Do livro inédito OFICINA DO VERSO: O Exercício do Sentir
Poético, vol. 02; 2015/17.
*Joaquim Moncks, escritor e poeta, Acadêmico Titular da
Cadeira 19, patronímica de Cezimbra Jacques da Academia Rio-Grandense de Letras
(ARL) e Titular Acadêmico da Academia Sul-Brasileira de Letras, Oficial da
Polícia Militar da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, Mora em Porto Alegre,
Rio Grande do Sul. Dados biográficos de 16 de agosto de 2017.
COMENTÁRIOS SOBRE O AUTOR:
Afonso Estebanez
Stael: Maravilhoso texto, exuberantemente elucidativo e eficaz
dos pontos de vista literário, educacional e pedagógico. Encantado, vamos
divulgar esta pérola literária que nos traz à luz, neste momento de desmonte,
pela mídia, da língua portuguesa falada e escrita, o nome venturoso de Joaquim
Monks a quem agradeço, aplaudo e reverencio pela amizade e pelo seu "O
UNIVERSO DA LINGUAGEM".
Ligia Lacerda: “Este texto é esplêndido! Muito bem
elaborado, embasado e de fácil compreensão. Leitura útil e prazerosa”
Sandra L. Stabile: “Muito bom o texto amigo , estava
precisando de ler esse texto para responder a algumas questões que me fizeram”.
Antonio Luis Alves: “Para ler uma vez, continuar lendo e
sempre encontrando alguma coisa nova. Este texto tem essa maravilha de
encantando sempre”.
Elias Borges: “Certa vez Millôr, explicando a necessidade
da metáfora, proferiu: ‘O fogo da paixão, como qualquer outro fogo, não vive
sem oxigênio’. Parabéns pela clareza, amigo Joaquim Moncks. Hoje observo que você já se permite dizer que
há poetas e poetas”.
Cassiano Gilberto Santos Cabral: “Moncks: agradeço a aula
magistral notabilizando conhecimento e inspiração sublimada. És mestre de todos
nós e é muito bom saber que nos apontas a direção dos ventos. Com certeza, a
decodificação pertence ao público que ė o nosso interprete. Concordo que o não
uso da metafora reduz o alcance mágico da poesia. És profundo e notável, amigo,
e eu me sinto honrado com a tua amizade e deferência”.
Oscar Brisolara Parabéns: “Meu amigo e confrade Joaquim Moncks, agradeço pela lucidez do teu texto. Ouço no
teu texto o clamor de uma voz que provém dos recônditos do universo, mas que apela
ao meu espírito com a doçura da poesia. Meu irmão, este espaço está sempre à
tua disposição. Mais uma vez, cumprimentos pela luminosidade de tuas palavras”.
Maricler
De Campos Ruwer: “Texto Maravilhoso, para ser trabalhado pelos
Professores de todas as Línguas e todas as áreas de Ensino. A Mágica das Entrelinhas na Linguagem
escrita! ‘O UNIVERSO DA LINGUAGEM’ - Joaquim Moncks". Paz e Luz... Mestre
e o Sempre Carinho, da Cler Ruvver.
terça-feira, 29 de agosto de 2017
DEPOIMENTO
DA ROSA
Não
deixo minha rosa consternada
só porque meu amor ama indeciso
as rosas quase nunca pedem nada
senão o que ao amor
ao amor seja preciso...
O que dizem as rosas de uma rosa
colhida a mais formosa do jardim?
O que faz uma flor mais venturosa
ser tão bela e morar
aqui dentro de mim?...
Só porque me angustio de alegria
não deixo minha rosa entristecida
vai a noite e na aurora vem o dia...
Não existe ir embora
na paixão pertencida
e na flor minha rosa
vai viver toda a vida...
Afonso Estebanez
(Homenagem especial à amiga
Dulce Jacob Genari – “Luamor”)
domingo, 27 de agosto de 2017
ÚLTIMA VIAGEM
Devo empreender viagem sem demora
para onde tu me encontres sem chorar
como estar na mortalha de uma aurora
ou no lúmen do orvalho em meu olhar.
Não vejo que me assistas indo embora
com saudades do amor que vou deixar
como se nunca mais houvesse outrora
que em nós dois foi morada para amar.
Mas não foi dado a ti embarcar comigo
sem que saibas se é gozo ou é castigo
o céu de abismo aonde eu vou chegar.
Quiçá se não me houver anjo desperto
na ponto em que me for deste deserto,
rogues a Deus que venha me buscar...
Afonso Estebanez
(Livre interpretação - 27.08.2017)sexta-feira, 25 de agosto de 2017
MEUS DIAS DE CÃO
Poetas também têm as suas fases
como é fase de sonhos a quimera,
mas se o amor é vítima de ultrajes
há que poetas podem ser capazes
de se encarnar na fase de ser fera.
Nos tripudia o quanto são vorazes
os que roubam a nossa primavera
e nos incitam expressar mordazes
a linguagem das massas eficazes
o quanto a fase é de virar pantera.
Farejam nossos cães intolerantes
o escarro dos impunes traficantes
dos poderes da pátria dominados.
Se essa fase de cão for sanidade,
então chegou o tempo da verdade
e não podemos mais ficar calados.
Afonso Estebanez
(25.08.2017)
quinta-feira, 24 de agosto de 2017
ÁGUAS DO BABILÔNIA
Deus
proveu-me chegar a estas águas
das
quais todos os crentes vêm beber
lavando
sobre as pedras suas mágoas
que
as águas mais além vão remover.
Chegam
aqui, morrendo sem morrer,
fantasmas
de esperanças desaguadas
sobre
as águas magoadas de escorrer
num
remanso de mágoas represadas.
Todos
chegam aqui de amor cansado
e
se enxáguam à margem do passado
de
águas turvas sem canto de louvor.
Deus
proveu-me, porém, chegar aqui
louvando
o encanto da mulher que vi
no
espelho d’água refletindo o amor!
Afonso
Estebanez
(Poema
de louvor que dedico a amiga
Mary
Salvaterra
gentil
presença em minha trajetória)
- 23.08.2017 -
sábado, 19 de agosto de 2017
DO PRIMEIRO AMOR
Já adormeci meus últimos sentidos
já acortinei meus velhos aposentos
mas não esqueço os dias exauridos
à véspera de meus encantamentos.
E até hoje caminho entre quimeras
nas cinzas das extintas primaveras
exumadas do pó dos pensamentos.
Meu calendário removeu setembro
de seu tempo infinito de esplendor
e dos amores só de um me lembro:
o que me deu a aurora de uma flor.
Vou violar meu portal de desalento
furtar de mim a flor daquele tempo
e devolvê-la ao meu primeiro amor.
Afonso Estebanez
(Peça lírica que dedico a minha irmã
Catarina Maria E. Stael
doce companhia mineira de minha
infância distraída– 19.08.2017)
domingo, 13 de agosto de 2017
TEMPOS MÁGICOS
Quão foram mágicos aqueles dias
em que do céu me vinhas abraçar
como deusa das minhas fantasias
onde tamanho amor vinha sonhar.
em que do céu me vinhas abraçar
como deusa das minhas fantasias
onde tamanho amor vinha sonhar.
Com teu olhar de estrelas luzidias
vias minha alma para além do mar
num poente de aquarelas fugidias
que eu via do convés do teu olhar.
vias minha alma para além do mar
num poente de aquarelas fugidias
que eu via do convés do teu olhar.
Não te lembrar seria um sacrilégio
da alma cativa de algum sortilégio
que só o amor consegue desfazer.
da alma cativa de algum sortilégio
que só o amor consegue desfazer.
Agora quando já passado o tempo
ainda há sonho de contentamento
que me jubila de não te esquecer.
ainda há sonho de contentamento
que me jubila de não te esquecer.
Afonso Estebanez
(Homenagem carinhosa a amiga
Maria de Lourdes Carvalho
que cativou minha admiração pelo
valor dedicado à minha poemática)
(Homenagem carinhosa a amiga
Maria de Lourdes Carvalho
que cativou minha admiração pelo
valor dedicado à minha poemática)
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